São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são as economias mais inovadoras do Brasil.
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgou na última segunda-feira (5) a 1ª edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID). O relatório oferece um mapa completo e atualizado da inovação no Brasil, revelando o desempenho dos ecossistemas locais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) sob diferentes perspectivas.
O objetivo do estudo é orientar ações públicas e privadas, apoiando a elaboração de políticas e projetos baseados em evidências.
A estrutura de classificação do IBID identifica a posição de cada estado dentro de sete pilares de inovação: instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia, e economia criativa.
Os dados revelaram que São Paulo é o campeão nacional em inovação, com uma pontuação que supera mais do que o dobro da obtida por Santa Catarina, que ocupa a 2ª posição no ranking geral. Paraná (3ª posição), Rio de Janeiro (4ª) e Rio Grande do Sul (5ª) completam o grupo das cinco economias mais inovadoras do Brasil.
Minas Gerais (6ª) se aproxima das cinco primeiras, seguida pelo Distrito Federal (7ª) entre as Unidades Federativas (UFs) classificadas com patamar superior à média nacional. O Espírito Santo ocupa a 8ª posição entre os 27 estados.
Niase Borjaille, diretor-presidente da Associação Capixaba de Tecnologia (Act!on), destacou que a 1ª edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento é uma excelente ferramenta para direcionar ações estratégicas em busca do desenvolvimento de todo o ecossistema de inovação.
A informação é uma arma poderosa para o desenvolvimento das empresas capixabas. Se levarmos em consideração o tamanho do nosso estado, o desempenho do Espírito Santo mostra que estamos no caminho do crescimento econômico-social por meio da inovação e tecnologia”, observou Borjaille.
As Regiões Sudeste e Sul concentram a inovação no país, com oito das 10 primeiras posições no ranking geral sendo ocupadas pelos estados dessas duas regiões.
Por outro lado, os estados das regiões Norte e Nordeste se concentram na parte inferior do ranking geral, com as últimas quinze posições ocupadas por estados dessas duas regiões. Os estados do Centro-Oeste ocupam uma posição intermediária no ranking geral do IBID.
No total, 14 dos 27 estados registram resultados em inovação acima do esperado para o seu patamar de desenvolvimento econômico, medido pelo PIB per capita, sendo chamados de expoentes em inovação do IBID. À exceção de Alagoas (21º), os estados da Região Nordeste pertencem ao grupo de economias com desempenho em inovação acima do esperado para o seu nível de renda.
Entre os expoentes em inovação, além dos estados nordestinos, merecem destaque São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que apresentam pontuações no IBID acima do esperado em termos de PIB per capita.
No entanto, 13 economias obtiveram resultados aquém do esperado em inovação, a maioria pertencente às Regiões Norte (7) e Centro-Oeste (4).
Entre os estados mais eficientes na potencialização das condições de contexto em resultados concretos em termos de inovação, destacam-se São Paulo (1º), Santa Catarina (2º), Paraná (3º), Rio Grande do Sul (5º), Minas Gerais (6º) e Rio de Janeiro (4º). Já as UFs das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste enfrentam desafios para traduzir insumos em produtos de inovação, afetando seu desempenho geral no IBID.
Embora São Paulo lidere o ranking em todos os pilares, o cenário da inovação nas demais UFs, mesmo naquelas com pontuação geral superior à média do país, evidencia diferentes desafios e potencialidades regionais. Isso é visível na maior volatilidade das demais economias nos rankings temáticos específicos.
A dinâmica e o perfil dos ecossistemas locais de CT&I, segundo os pilares do IBID, das oito economias com desempenho superior à média nacional, sinalizam que, também no campo da inovação, a heterogeneidade regional do Brasil é considerável.
A 1ª edição do IBID busca atender às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, como órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal, cumprindo as seguintes funções:
- Retratar o cenário da inovação no Brasil por meio de um indicador sintético oficial de referência, evidenciando potencialidades e desafios sob uma ótica regional;
- Fornecer métricas detalhadas sobre o desempenho da inovação das 27 Unidades da Federação (UF) e cinco Grandes Regiões (GR) do Brasil;
- Identificar os líderes nacionais e regionais da inovação, classificando as UFs com base em critérios que incluem os resultados do ecossistema de inovação e os fatores que o influenciam.
Por Juba Paixão
Fonte: Comunicação Institucional do Instituto Nacional da Propriedade Industrial