Associação Capixaba de Tecnologia
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Action conecta atores do ecossistema de inovação no Estado

Associação Capixaba de Tecnologia é o novo Sindinfo. Atua junto a produtoras e usuárias de tecnologia, academia e setor público.

Posse da nova diretoria – Arquivo Action

É inegável a velocidade com que o ecossistema de inovação capixaba tem se desenvolvido nos últimos anos. Por trás desse crescimento acelerado estão movimentos nas esferas pública e privada, que aos poucos mostram o caminho para um novo momento tecnológico e econômico no Espírito Santo.

Reinventar-se é um dos grandes desafios para todos os envolvidos. Intimamente conectado a esse processo de mudança, o Sindicato das Empresas de Informática (Sindinfo) decidiu se reposicionar, agora como Associação Capixaba de Tecnologia (Action).

“Já vínhamos, há alguns anos, percebendo que o sindicato também precisava mudar. A forma de representar os interesses dos empresários estava ultrapassada. Quando acabou o imposto sindical, vários sindicatos tiveram problemas e foram extintos, mas crescemos a partir daí. Conseguimos oferecer mais serviços, gerar percepção de valor de que somos importantes e hoje temos 150 associados voluntários. A Action então se posiciona como uma conexão dos diversos atores do ecossistema: as empresas produtoras de tecnologia, as empresas usuárias, as startups, a academia, o setor público. Queremos ser um agente de conexão, um hub com o propósito de fazer negócio”, conta o presidente da Action, Emílio Barbosa.

Barbosa reforça que a ideia é promover condições de aumentar a capacidade das empresas de fazer negócio.

“Hoje temos um desafio grande para o setor de tecnologia, tanto para empresas quanto para usuários, que é a mão de obra. A academia não está conseguindo formar gente suficiente na quantidade que o setor está precisando. Como vamos ajudar nesse sentido? Já temos articulação com as academias, com o Senai, para fazer isso. É esse o tipo de ação, de juntar as peças, de articular para fazer o ambiente ficar mais propício para mais negócios”, afirma.

Uma das ferramentas para promover essa interação dentro do ecossistema tecnológico é a participação em eventos e incentivos à academia.

“Fazemos eventos de negócio, de conhecimento e capacitação, e em várias dessas ocasiões surgiram novas empresas. Durante o evento chamado Vinho com TI, por exemplo, empresários que enfrentavam algum problema encontraram outros que ofereceram a solução, e daí surgiu uma empresa nova. Já na relação com a academia, fizemos premiações de Trabalhos de Conclusão de Curso para valorizar os TCCs que vinham com uma pegada empreendedora”, explica.

FORMAÇÃO

O presidente revela que a Action está em articulação com várias faculdades para fazer cursos de especialização, que vão entregar mão de obra ao mercado de forma mais rápida.

“Grandes faculdades do Estado já devem lançar cursos de especialização em desenvolvimento de sistemas no mês de fevereiro, para formar programadores mais rápido do que num curso de graduação. A ideia é pegar alunos bem ranqueados em matemática no Enem para fazer uma seleção, por exemplo, e dali criar turmas com viés de formação em curto prazo para atender às demandas de mercado. Já o Senai está fazendo ajustes em seu curso de programação para o primeiro semestre do ano que vem”, antecipa.

COLABORAÇÃO

O sindicato, ainda um dos serviços da Action, continua afiliado à Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), o que permite grande aproximação com o Findeslab.

“Estamos o tempo todo em conversas, reuniões, fazendo coisas juntos. É uma ferramenta potente demais, talvez uma das melhores do Brasil, para fomentar inovação. Foi muito bem pensada, muito bem estruturada, e o resultado está aí. São vários desafios. As grandes empresas já apostaram no Findeslab como uma fonte de ideias”, salienta Barbosa.

Para o presidente, há espaço para a participação de todos nesse novo momento da tecnologia.

“De cinco anos para cá, temos percebido um boom. Movimentos estão acontecendo e temos que pegar essa onda sem vaidade. Cada um faz o seu papel, dá sua contribuição. Temos um trabalho lindo feito pelo Sebrae, pela Findes, pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), e agora nos unimos a esse movimento com o nosso posicionamento de conexão. Como sindicato, só tínhamos como público-alvo as empresas produtoras de tecnologia, mas as empresas usuárias talvez tenham as mesmas dores que as produtoras: precisam de mão de obra, de capacitação, de fazer negócios, contratar fornecedores bons. A nossa ideia de atuação é trazer todos para o mesmo mundo, para o mesmo ambiente”, conclui.

FONTE: WHTPPR

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