Associação Capixaba de Tecnologia
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A inovação no Estado é destaque no Vinho com TI – Digital realizado pela ACT!ON

O evento foi realizado pela ACT!ON – Foto arquivo

O Espírito Santo deu importantes passos para fortalecer o ecossistema de inovação do Estado e os novos integrantes foram apresentados no último Vinho com TI – Digital, que aconteceu no dia 25 de março.

O evento realizado pela Associação Capixaba de Tecnologia (Act!on), destacou a estruturação do Instituto de Inteligência Computacional Aplicada – I²CA, localizado no Centro Tecnológico da Ufes, Campos Goiabeiras e do Polo de Inovação da Serra, entre outras participações.

O I²CA foi apresentado pelo professor e doutor Alberto Ferreira de Souza, considerado a maior autoridade em Inteligência Artificial do país e reconhecido internacionalmente.

O instituto é uma grande realização e a Act!on teve um papel fundamental nesse processo.

O instituto é uma grande realização e a Act!on teve um papel fundamental nesse processo, inclusive, financeira.  Desde o início, por meio do diretor Franco Machado e os demais diretores, a Act!on articulou para conectar os atores capazes de idealizar o I²CA. Hoje, é uma realidade! Temos um núcleo de inteligência artificial com muito potencial e que vai produzir grandes resultados”, comemora o professor Alberto.

O professor explica que o I²CA desenvolve pesquisas, fundamentalmente para a indústria, porém a sua capacidade pode atender outros setores na vasta área de inteligência computacional, como o setor bancário, por exemplo.

Ele destaca que as áreas de pesquisa do I²CA compreendem a Cognição Visual Artificial – emulação (reprodução) de aspectos relevantes da cognição visual humana ou a compreensão do mundo e das ideias por meio da visão; Mobilidade Autônoma – emulação da autonomia humana de movimento e a Interação Autônoma Inteligente – emulação de interações que humanos são capazes de realizar uns com os outros ou com objetos e máquinas do mundo físico ou virtual.

Complementa, ainda, que a indústria da informática, assim como outras grandes empresas, a exemplo da Vale e a Arcelor Mital, é a grande vocação do I²CA. Para ele, a busca é resolver os problemas tecnológicos integradores. Para ilustrar, apresentou a pesquisa sobre o IARA (Intelligent Autonomous Robotic Automobile, sigla em inglês), como exemplo de um problema tecnológico integrador.

Quando começamos a desenvolver o IARA, a nossa preocupação foi não ser especialistas eu um só ponto do carro autônomo, como mapas, determinados controles do carro, o que acontece muito na academia. Resolver um problema tecnológico integrador é desenvolver tudo o que está relacionado ao carro autônomo, o que conseguimos em 2014 com a Volta da Ufes e em 2017 com a ida a Gurapari, sem interferência humana”, explicou o professor Alberto.

A arquitetura do software do IARA fez com que o sistema de autonomia fosse implantado em um avião a jato comercial da Embraer, o  Legacy 500.  Outro spin-off do projeto inicial do IARA, foi desenvolvido pelo professor Alberto, o Caminhão Autônomo ART (Autonomous Robotic Truck).

A expectativa com o I²CA é exatamente ampliar, e muito, a capacidade de entrega e de produzir resultados aplicados para a indústria. Um dos nossos primeiros desafios é a realização da Fábrica Autônoma; um pedido de uma das investidoras, a Arcelor Mital. Esperamos que, em breve, possamos estar anunciando números positivos relacionados ao desenvolvimento do projeto”, comemorou o professor Alberto Ferreira.

O professor destacou, ainda, que a capacidade da IA tem conquistado grandes avanços e cita a identificação de um procurado pela justiça, na China, ter sido identificado em um grande evento esportivo, graças à memória de longo prazo de dados sensoriais e conceitos associados.

Também uma publicação científica, no início de 2020, reconheceu a superioridade da capacidade de cognição da máquina comparada a de um médico humano. A velocidade no diagnóstico de um câncer, em um exame de mamografia, foi maior que a capacidade humana de percepção humana.

Polo de Inovação Tecnológica da Serra – InovaSerra

Outro membro de destaque no evento foi o Polo de Inovação Tecnológica do município de Serra. Trata-se de um perímetro de inovação, composto por diversas empresas de tecnologia, instalado no município. A expectativa é aproximar, por meio de caminhos de interação, a academia, o mercado e o Governo.

O núcleo tem o foco nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), automação e controle, elétrica, eletrônica, mecânica, engenharia de materiais, química e biomédica.

Quando se fala em inovação no município de Serra, os empresários e a academia, entendem a importância do Polo.

Cicero Moro, presidente da Associação dos Empresários da Serra (Ases), enfatizou a participação das instituições acadêmicas do município para a concretização do projeto.

Quando se fala em inovação no município de Serra, os empresários e a academia, entendem a importância do Polo. Os alunos estão cheios de ideias e podem contribuir com as empresas para criar esse departamento de inovação tecnológica nas corporações. Temos o objetivo de alavancar o Polo de Inovação da Serra, ainda esse ano, apesar das dificuldades que a pandemia nos impõe”, diz Cicero Moro.

Ainda sobre o Polo de Inovação, o professor do Ifes da Serra, Francisco Rapchan, destacou que o município trabalha, desde 2007, na construção do habitat de inovação. Uma trajetória que começou com o Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e o Facitec-Serra. Depois, em 2008, foi a criação da Incubadora de Empreendimentos de Base Tecnológica do Ifes, campus Serra. Em 20014, a Lei № 4.214 instituiu o Programa de Polos de Inovação Tecnológica do Município, surgia, então, o Polo Zaia para o desenvolvimento de empreendedores e negócios inovadores.

Francisco Rapchan – Professor do Ifes da Serra.

O Marco Legal deu-se em 2014 com a criação de uma série de dispositivos, por meio de Leis e Decretos, que permitiram a criação do Polo de Inovação. Foi a demarcação do território do InovaSerra, com uma área de 11 milhões de m² e disponibilidade real de implantação de 1 milhão de m². Esse, é o território do InovaSerra e as empresas que se instalarem nesse perímetro terão uma série de vantagens fiscais”, observa o professor Francisco.

Os incentivos previstos na Lei № 4.214/2014 oferecem até 100% de desconto no IPTU, por até 10 anos. A Lei prevê, também, em um período de 10 anos, uma redução de alíquota do ISS, além de até 50% de isenção do ITBI.

A Lei de 2014 e a regulamentação em 2019, foi uma evolução. Agora, é hora de operar com os vários atores e compor o distrito de inovação. É importante que se entenda que o Polo de Inovação é composto por habitats de inovação, isso é inédito no Espírito Santo”, complementa o professor Francisco Rapchan.

Precisamos conectar esses agentes e essa é uma das principais metas da Act!on

Daniel Arrais – Diretor de eventos da Act!on

Para o diretor de eventos, Daniel Arrais, o modelo aplicado no Polo de Inovação da Serra vai ao encontro com as expectativas da Act!on e incentiva outros municípios a buscarem  a inovação como impulsionadora do desenvolvimento; a aproximação com a academia, empresas e o Governo é um caminho claro da Tríplice Hélice.

Vale lembrar que outros municípios estão buscando os seus habitats de Inovação, é o caso da fundação da Incubadora de João Neiva, isso mostra que estamos no caminho certo. Precisamos conectar esses agentes e essa é uma das principais metas da Act!on”, complementa Arrais.

Emílio Barbosa, diretor-presidente da Act!on, enfatiza a conquista que representa o Distrito da Inovação da Serra. Para ele, o projeto é consistente!

Emílio Augusto Barbosa – Diretor-presidente da Act!on.

A Act!on é parceira do Polo de Inovação Tecnológica, apoiamos e vamos trabalhar, junto aos nossos parceiros, para acelerar o processo de levar as empresas ou os departamentos de inovação para o polo. A Serra tem, em seu DNA, a receptividade à indústria; por seu potencial demográfico, pelas políticas de desenvolvimento e a busca do envolvimento da academia em todo o processo”. Observa Emílio.

Emílio explica a importância de um Polo de Inovação Tecnológica na magnitude do projeto da Serra. Enfatiza a importância de todos os atores do ecossistema de inovação apoiarem o projeto.

Já estabelecemos, no encontro de hoje, o compromisso de ter um grupo atuante para fazer as conexões necessárias. Vamos incentivar as empresas a participarem de eventos, promover palestras e, principalmente, estar dentro do Polo de Inovação Tecnológica. O Vinho com Ti foi mais do que um evento, foi uma reunião de trabalho com importantes atores do nosso ecossistema e tratando de ações e objetivos concretos”, comenta Emílio Barbosa.

Uma outra informação destacada no evento foi referente ao Edital Tecnova II, que está aberto e teve a sua data para submissão de projetos prorrogada para 30 de abril. A Act!on reforça a importância  das empresas se prepararem e submeterem seus projetos a estes Editais.

O Estado tem se posicionado, positivamente, a favor do desenvolvimento tecnológico. A Fapes é uma excelente parceira e queremos fazer as conexões necessárias para aprovar o máximo de projetos inovadores. Isso significa mais emprego, renda e desenvolvimento para o Estado. Com certeza, toda sociedade ganha”, finaliza Barbosa.

Indústria 4.0

O Vinho com TI – Digital – apresentou mais uma importante conquista para os capixabas: o livro “A Caminho da Indústria 4.0” do professor doutor Luciano Raizer Moura.  O livro é Fruto dos estudos de pós-doutorado no Instituto Fraunhofer (IPK), de Berlim, na Alemanha. Ressalta as transformações que a Quarta Revolução Industrial impacta na vida das pessoas, cidades e, principalmente, nas empresas.

Professor doutor Luciano Raizer Moura – Vice-presidente da Act!on.

O professor Luciano Raizer, vice-presidente da Act!on, contribuiu com o evento relatando o trajeto da sua pesquisa que resultou no livro. Para ele, o núcleo do instituto Fraunhofer é uma máquina de inovação.

É importante destacar que a Indústria 4.0 é bem ampla. Quando comparamos os conceitos e conquistas da indústria alemã com a do Espírito Santo, não queríamos valorar as duas, mas sim, ter um referencial. Criar um caminho composto de etapas para o desenvolvimento. O livro foi construído com a indústria do Espírito Santo e para a indústria do Espírito Santo”, enfatiza o professor Luciano.

A partir desses estudos o professor Luciano Raizer desenvolveu, junto ao DTI da Ufes, a proposta da Fábrica Autônoma.  O objetivo é trabalhar as pesquisas relacionadas às tecnologias da Inteligência Artificial (IA) aplicadas às pequenas e médias indústrias.

Para os interessados em adquirir o livro podem acessar o link https://cutt.ly/jk38w9H 

O Vinho com TI-Digital está disponível na Act!on TV, no portal www.action.org.es

Por Juba Paixão


Informações à imprensa:

Juba Paixão

juba@porem.com.br / comunicacao@action.org.es

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